2009
- TRISTE CAMPEONATO BRASILEIRO
Logo
após a realização do último Campeonato
Brasileiro, as caixas de entradas dos atiradores estavam cheias
de emails com críticas e reclamações sobre
esse evento organizado pela CBTE. A grande maioria das observações
se tornou pertinente, tendo em vista que houve realmente falhas
e omissões na organização e no andamento
das provas.
Os
dirigentes da Confederação devem estar muito atentos
a essas críticas, pois somente com transparência
e com aceitação das observações dos
atiradores, que são a razão de ser da existência
da CBTE, poderá haver credibilidade e o crescimento da
entidade com benefícios para todos. Creio não ser
necessário enfatizar que sem atletas não pode haver
uma entidade desportiva que defenda os interesses da modalidade.
Convém também lembrar que as promessas se tornam
vãs se não são cumpridas.
Passemos
então às criticas levantadas pelos atiradores. A
primeira reclamação foi a da não realização
da Cerimônia de Abertura, por razões não explicadas,
mesmo que o evento não contasse com a presença do
Presidente, outro representante poderia substituí-lo e
presidir a cerimônia. A outra falha também da organização
foi a de não promover o Congresso Técnico, ficando
os atiradores, mais uma vez, sem a oportunidade de contatar com
os dirigentes, retirar dúvidas, conhecer novos atiradores,
tomar conhecimento de novas regras, etc.
Não
esquecer que foram inseridas nas promessas de campanha da presidência
que haveria a composição de um colegiado, formado
pelos presidentes das federações, para tratar do
esporte. Portanto perdeu-se uma boa oportunidade para a realização
de um congresso com esse objetivo. Tanto a Cerimônia de
Abertura, como o Congresso Técnico estão contidos
no Estatuto da ISSF, aquela que dirige o Tiro Esportivo, e trazem
o caráter obrigatório no nosso esporte. Para que
elaborar um novo Estatuto da CBTE se nós não conseguimos
seguir e cumprir os nossos próprios regulamentos?
Não
poderia esquecer a razão maior das críticas que
foi a ausência da Cerimônia de Premiação,
sem um simples cerimonial e um responsável pela condução
da entrega das medalhas. Sempre é bom lembrar que para
um atirador novato a premiação se constitui no momento
todo especial de qualquer atleta, principalmente para quem está
iniciando no esporte. Além da qualidade da medalha (plástico),
ser inadequada para a importância do evento. O que mais
me admira é que a Confederação possui em
seus quadros dirigentes que já foram atiradores e não
se lembram mais disso. Simplesmente esqueceram ou acham que não
valem a pena!
A
minha observação e que não constava do rol
de reclamações foi quanto à observação
dos resultados da maioria dos atiradores que apresentaram maus
resultados nas finais disputadas. A CBTE deverá ter consciência
que as provas on line são ideais para o lado financeiro
(bolso) do atirador, com economia no transporte, alimentação
e hospedagem, porém não guardam os benefícios
esportivos de se competir nas mesmas condições técnicas,
dentro de um clima de competição de alto nível,
participando lado a lado com um atirador da classe e da categoria
de um Júlio de Almeida.
Houve pouquíssimas competições no ano sem
as finais e que mexem com os nervos dos atiradores. Portanto acho
que o calendário de ter além das provas on line,
um maior número de provas com finais ao longo do ano, particularmente
para aqueles atiradores “Top de Linha” e que precisam
participar de provas nos mesmos moldes das competições
internacionais.
É
necessário que a direção técnica da
CBTE tenha como foco principal a elevação dos índices
dos nossos atiradores uma vez que o Brasil irá sediar grandes
eventos até os Jogos Olímpicos e precisa ter respaldo
junto à mídia esportiva, com atiradores brasileiros
estabelecendo excelentes marcas e conquistando posições
de destaque em provas internacionais.