2016
- OS JOGOS OLÍMPICOS DO RIO DE JANEIRO
A
grande maioria das pessoas leigas em esporte acredita que os Jogos
Olímpicos do Rio de Janeiro ainda estão muito longe
e que dá tempo para que tudo corra bem e que o Brasil vai
obter muitas medalhas. No entanto, os organizadores, dirigentes
e atletas com certeza não acham assim. O relógio
do tempo já disparou e urge que todos que estarão
envolvidos direta ou indiretamente no evento comecem a planejar
suas atividades, o quanto antes, dentro de um cronograma para
que todas as obras possam ficar prontas e concluídas antes
da Cerimônia de Abertura no Estádio do Maracanã.
Logo o COI estará no Brasil cobrando as providências!
Organizar
os Jogos em 2016 será um grande desafio especialmente para
os dirigentes do Comitê Olímpico do Brasil (COB)
que terão que vistoriar as obras em andamento, gerenciar
os recursos do Governo Federal, acompanhar as visitas periódicas
dos membros do Comitê Olímpico Internacional, checar
os prazos das providências, cobrar das confederações
a preparação das equipes nacionais e mais um mundo
de quesitos importantes inerentes aos Jogos.
Os
Jogos Pan-Americanos de 2007 foram um grande ensaio e serviram
como preparação para a realização
dos Jogos Olímpicos em 2016. Os dirigentes do COB tiveram
um excelente desempenho e o Pan do Rio certamente proporcionou
a confiabilidade necessária para o COI escolher a Cidade
Maravilhosa como sede dos Jogos.
Entretanto,
sempre é bom chamar a atenção dos nossos
dirigentes e atletas para os preparativos, mais especificamente
relativos ao nosso esporte – Tiro Esportivo. Certamente
o COB deverá estabelecer inicialmente normas, prazos e
diretrizes para a elaboração do projeto a ser confeccionado
pela CBTE, a exemplo que ocorrerão com todas as modalidades
olímpicas visando os Jogos de 2016.
Não
podemos esquecer que o Tiro Brasileiro está ausente do
podium olímpico desde 1920 e esta será uma grande
oportunidade, aqui em nossa casa, de se conquistar uma medalha.
É o que todos brasileiros esperam e torcem pela vitória
dos nossos atiradores.
Lembrar também que as condições serão
bem diferentes daquelas encontradas no Pan-Americano e certamente
serão muito mais difíceis. No Pan, por exemplo,
os atletas foram selecionados pelo ranking após várias
eliminatórias (cinco), independentes dos resultados alcançados.
Nos Jogos, os critérios serão bem mais difíceis,
devendo se atentar aos critérios da ISSF, por intermédio
dos MQS e das “Quotas Place” a serem obtidas, concorrendo
com os melhores atiradores mundiais, em difíceis e disputadas
provas internacionais, que ocorrerão logo após os
Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
Não
podemos e nem devemos imaginar que não teremos atiradores
brasileiros classificados para as provas dos Jogos de 2016 e que
não possamos torcer pelos nossos atiradores. Para que isso
não ocorra, os dirigentes da Confederação
e das Federações deverão se organizar antes
de qualquer decisão e trocar idéias. Infelizmente
não temos presenciado o tão comentado “colégio”
onde todos dirigentes participam e opinam sobre os problemas do
Tiro Brasileiro. É fato também, que não possuímos
representantes desportivos com maiores experiências com
relação aos Jogos Olímpicos.
Convém
lembrar que em gestões anteriores, como por exemplo, no
período do Presidente Cel Sá Campello, ele e sua
equipe se preocuparam com os juniores e as damas, realizando campeonatos
específicos nacionais para essas duas categorias visando
os Jogos Olímpicos de Barcelona, realizados em 1992. Naqueles
Jogos, apenas dois atiradores conseguiram os índices da
ISSF: Wilson Scheidemantel e Tânia Giansante, competindo
em duas modalidades cada. De lá para cá a situação
não mudou muito: em 1996 somente Jean Labatut se classificou;
em 2000 não tivemos representantes; em 2004 apenas Rodrigo
Bastos e em 2008 houve uma pequena melhora com Stênio Yamamoto
e Júlio Almeida, competindo em três modalidades.
Estaremos
torcendo para que os nossos atiradores voltem a subir no podium
em 2016 e que o Brasil possa apresentar uma organização
eficiente dos Jogos.