MENSAGEM DO COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO
AOS ATLETAS E À TORCIDA BRASILEIRA
28/08/2008 - 12h10
O
Comitê Olímpico Brasileiro (COB) vem a público
agradecer o empenho e a participação dos nossos
277 atletas nos Jogos Olímpicos Pequim 2008 e ao povo brasileiro
que torceu e vibrou com entusiasmo pela delegação
que representou o país na China.
A
participação do Brasil em Pequim 2008 deve ser motivo
de apoio e orgulho para todos os brasileiros. As conquistas na
China apontam a evolução do esporte brasileiro em
todos os níveis, independentemente do número e da
cor das medalhas. A qualidade técnica apresentada pelo
mundo nestes Jogos superou todas as expectativas. Foram batidos
132 recordes olímpicos e 43 recordes mundiais e um número
recorde de 87 países recebeu medalhas. Seja pela concentração
de esforços de determinados países em muito poucas
modalidades ou atletas, ou pela pulverização de
medalhas por um contingente maior de países, o certo é
que conquistar uma medalha olímpica se torna a cada dia
tarefa das mais difíceis para todos.
O
Brasil está se qualificando cada vez mais para essa disputa.
Em Pequim, competimos em 38 finais, contra 30 nos Jogos de Atenas
2004. Estivemos em 24 disputas diretas pela medalha de ouro, contra
17 em Atenas. As três medalhas de ouro (natação,
atletismo e vôlei feminino) foram inéditas, assim
como várias outras conquistas obtidas pelos nossos atletas
em Pequim. Pela primeira vez na história da participação
brasileira em Jogos Olímpicos, alcançamos:
-
Primeiras medalhas individuais femininas (ouro no atletismo e
bronze no judô e taekwondo)
- 1ª medalha de ouro feminina da América do Sul no
atletismo
- 1ª medalha de ouro da natação brasileira
- 1ª medalha de ouro do voleibol feminino
- 3 recordes olímpicos na natação (50m livre)
- 1ª medalha individual feminina do judô
- 1ª medalha da vela feminina
- 1ª final da ginástica feminina por equipe
- 1ª final da ginástica solo masculino
- 1ª final do revezamento 4x100m rasos feminino
- 1ª final do salto com vara feminino
Os
investimentos feitos no esporte brasileiro neste ciclo olímpico
(2005-2008) não podem ser analisados somente pelo número
de medalhas conquistadas em Pequim _ três de ouro, quatro
de prata e oito de bronze. Este é o primeiro ciclo coberto
integralmente com recursos advindos da Lei Agnelo/Piva. E graças
a esta continuidade de recursos, as Confederações
Brasileiras Olímpicas proporcionaram melhores condições
de preparação e de intercâmbio internacional
aos seus atletas, que geraram conquistas expressivas mesmo antes
de Pequim 2008. O Brasil conquistou títulos mundiais e
continentais em diversas modalidades (ginástica, judô
e taekwondo, entre outras). Nos Jogos Pan-americanos Rio 2007,
o país registrou sua melhor campanha na história
da competição. E para os Jogos Olímpicos
Pequim 2008, classificou um número recorde de atletas brasileiros.
Para
fazer um campeão olímpico, é preciso formar
campeões mundiais, regionais e nacionais. Campeões
que vão inspirar a nossa sociedade e, especialmente a nossa
juventude, com os valores positivos e transformadores do esporte.
Este é o caminho que estamos trilhando e que vem apresentando
resultados significativos. Mas se o Brasil começou recentemente
a investir mais em esporte, muitos países já o fazem
há bastante tempo e outros também estão se
qualificando ainda mais. Estes países investem dezenas
ou centenas de milhares de dólares há décadas.
Por isso, o aumento dos investimentos no esporte se faz cada vez
mais necessário, se quisermos manter a trajetória
de crescimento do esporte olímpico no Brasil e transformá-lo
numa potência olímpica.
A
experiência de ter contado, pela primeira vez, com recursos
permanentes e contínuos da Lei Agnelo/Piva para os quatro
anos de um ciclo olímpico completo, e em 2008 da Lei de
Incentivos Fiscais ao Esporte, qualifica o Comitê Olímpico
Brasileiro a aperfeiçoar a aplicação dos
recursos financeiros destinados às Confederações,
permitindo, assim, continuar a planejar de forma consciente e
responsável o trabalho a ser executado por cada modalidade
esportiva para os Jogos Sul-americanos de Medellin em 2010, Jogos
Olímpicos de Inverno Vancouver em 2010, Jogos Olímpicos
da Juventude Cingapura em 2010, Jogos Pan-americanos de Guadalajara,
em 2011, e para os Jogos Olímpicos de Londres 2012.
Como
anualmente é feito e terminado este ciclo olímpico,
o COB apresentará uma prestação de contas
pública de suas ações nas áreas técnica
e financeira, bem como realizará uma completa avaliação
deste quadriênio, esporte por esporte, dos resultados alcançados,
para direcionar a elaboração de seu planejamento
para os próximos quatro anos.
Estejam
certos de que o COB continuará trabalhando firmemente pela
evolução qualitativa do esporte brasileiro, para
que as conquistas dos nossos atletas continuem sendo motivo de
orgulho para todos nós e para que o esporte se torne cada
vez mais uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento social
e humano da juventude brasileira.
Comitê Olímpico Brasileiro