30.05
- Mais que a ação nefasta dos maus, o silêncio
dos bons é o verdadeiro problema.
ESCLARECIMENTO
DO PRESIDENTE AOS ATIRADORES
31/03/2010
Ao assumirmos a FTERJ afirmamos que não nos prestaríamos
à troca de e-mails difamadores e ofensivos e portanto
não responderíamos a tais e-mails e não
o faremos. Entretanto, há necessidade de restabelecer
a verdade dos fatos e desmentir afirmações injuriosas
e que tem somente o objetivo de criar hostilidades e contribuir
ainda mais para o descrédito do Tiro Esportivo, enfraquecendo-o
por disputas motivadas exclusivamente por vaidades e interesses
pessoais não atendidos e por necessidade de afirmação,
talvez para compensar fracassos pessoais na vida e no esporte.
a) Como foi noticiado à época,
aqui neste site, informamos que por decisão unilateral
e extemporânea da diretoria da CBTE, segundo seu Vice-Presidente,
sem nenhum aviso prévio e nenhuma comunicação
anterior, a organização das provas on-line no
Rio de Janeiro foi retirada da FTERJ, em um trabalho sério
que vínhamos realizando desde que assumimos. Não
fomos nós que abandonamos e muito menos ao assumirmos
a FTERJ. Conduzimos diversas provas e depois fomos dispensados
sumariamente. Deixamos de conduzir por duas vezes as provas
das sextas-feiras, normalmente realizadas por dois ou três
atiradores somente, por se tratar de dia útil, em comum
acordo com o Vice-Presidente da CBTE que inclusive se dispôs
a conduzí-las para nós, de boa vontade e como
colaboração, pela dificuldade de destinar árbitros
e o prejuízo para a FTERJ, uma vez que as inscrições
nestes dias sequer pagavam as despesas. Exatamente quando
logo em seguida comunicamos que continuaríamos a conduzir
as provas da sexta-feira, fomos dispensados. Antes, por diversas
vezes, sugerimos à direção de provas
da CBTE que alterassem a programação, concentrando
as provas nos fins de semana, inclusive pela grande dificuldade
de deslocamento para o CNTE pela Av. Brasil, devido ao intenso
trânsito das sextas-feiras. Estamos no Rio de Janeiro
e não em uma pequena cidade do interior.
b) Nunca sugerimos colocar todas as provas
em um só dia. Afirmar que não sabíamos
a quantidade de provas, sendo que eramos os organizadores
das mesmas, apenas demonstra a intenção de ofender,
mesmo beirando o ridículo. Nenhum atirador realiza
todas as provas de todas as modalidades, atiradores de armas
longas não atiram com armas curtas e o fim de semana
tem dois dias. Portanto, a afirmação de abandono
pela FTERJ é mentirosa.
c) A superposição de provas
não ocorreu durante todas as doze etapas e até
a dispensa da FTERJ as provas eram realizadas juntas, como
sabem os atiradores que delas participavam e o calendário
era o mesmo para as duas entidades, logo, inicialmente ocorreu
a dificuldade que a CBTE criou. Ao ocorrer a nossa dispensa,
tínhamos de continuar cumprindo o nosso calendário,
no FFC, que foi o único clube que colocou o seu estande
à nossa disposição, inclusive sem custos.
Entretanto, posteriormente atendendo aos pedidos dos atiradores,
alteramos o nosso calendário evitando a superposição
das provas, mas muitos atiradores continuaram a não
participar das provas da FTERJ.
d) Não há dúvida que
o estande do CNTE é o ideal, ainda que muitos atiradores
considerem o seu acesso seja pior que o do Fluminense, inclusive
em termos de segurança para os atiradores conduzindo
armas, mas não foi nossa a opção de abandoná-lo.
Tivemos que administrar o problema criado com os recursos
de que dispúnhamos. Na verdade, se tivéssemos
recebido o devido apoio de todos, em defesa de nossa Federação,
talvez o problema tivesse sido resolvido rapidamente e a contento.
Interessante notar que até a construção
recente do CNTE o estande do Fluminense nunca tinha sido contestado
e que a quase totalidade dos estandes no Brasil estão
em desacordo com as normas da ISSF e nem por isto deixam de
serem utilizados. A seguir esta norma, todos os clubes deveriam
utilizar somente o CNTE.
e) A posição política
da Presidência da FTERJ é pessoal e não
está divulgada. Na verdade, nas últimas eleições,
não estava participando do processo eleitoral até
que a pedido do então Presidente da FTERJ (da chapa
da situação), aceitei integrar a chapa contrária
para completá-la e possibilitar a eleição
e, portanto sou evidentemente parte da oposição,
mas a oposição não precisa ser burra
nem absoluta. O correto em qualquer processo é condenar
os erros e apoiar os acertos. Na verdade,até pouco
tempo antes das eleições, pelo contrário,
eu era integrante da CBTE, responsável pelo quadro
de árbitros e a deixei por ação de um
diretor dispensado logo depois. Não concordava como
não concordo com todas as ações e iniciativas
da CBTE. Entretanto, na conversa franca realizada com o Presidente
da CBTE, foram reconhecidas as divergências existentes
com a FTERJ, que não foram criadas por ele, com quem
sempre mantive um relacionamento respeitoso, como deve ser
e se espera de Presidentes, independente das diferenças
de idéias, mas em nenhum momento foi acordado nenhum
compromisso de voto nem seria possível. O autor das
críticas julga por seus próprios princípios
e é o mesmo que criticava o nosso afastamento da CBTE.
f) O acordo com a CBTE vizou restabelecer
a situação anterior, reconhecida pelo Presidente
da CBTE como a correta, de condução das provas
on-line pela FTERJ como queríamos e o atendimento das
justas solicitações dos atiradores de acesso
às provas no CNTE. Se tivéssemos abandonado
não estaríamos agora aceitando reassumir as
provas. Prevaleceu nossa posição, reconhecida
pela ação justa do Presidente da CBTE, intervindo
para corrigir os desvios. Além disto, o fator decisivo
para o acordo foi a necessidade de trabalhar em conjunto com
a CBTE para o próximo Campeonato Mundial Militar do
CISM, em dezembro e os 5º Jogos Mundiais Militares que
ocorrerão em 2011, no CNTE, na qualidade de Árbitro
Chefe da arbitragem internacional que será conduzida
por nós. O acordo colocou os verdadeiros interesses
do Tiro Esportivo acima das posições pessoais,
fato este incompreensível para o autor das críticas.
O acordo não é pessoal. É entre a CBTE
e a FTERJ e deve prevalecer independente de quem sejam os
presidentes destas instituições.
g) O Presidente da FTERJ não tem como
propósito agradar ninguém. O nosso compromisso
é realizar um trabalho sério e dar à
Federação uma organização que
não tinha (o que estamos fazendo) e valorizar o tiro
esportivo. Por isto mesmo temos desagradado a alguns, infelizmente.
A incoerência da crítica é lamentável.
Se o acordo permitiu atender os anseios dos atiradores em
relação ao CNTE a quem estamos agradando? A
CBTE estava conduzindo as provas sem a nossa participação
e estamos agradando ao Presidente da CBTE?
h) As mentiras que o autor apresenta como
razões para o descontentamento dos clubes chegam a
ser ofensivas ao bom senso. Desde o início do nosso
mandato o mesmo articulou manifestações contrárias
a qualquer medida administrativa adotada, desconsiderando
o nosso direito de administrar e tentando impor suas opiniões
pessoais. Como estávamos implantando uma nova administração,
como em qualquer organização, desejamos uma
nova imagem, como fizemos com o site modernizando-o e tornando-o
útil. A mudança do logo foi uma decisão
administrativa e visou torná-lo mais moderno e atual.
A afirmação de seu valor histórico é
ridícula quando sabemos que foi alterado mais de uma
vez ao longo do tempo. A CBTE também alterou seu logo
e não vimos nenhuma crítica.
i) A alteração dos locais de
prova foi uma imposição alheia a nossa vontade
como já foi explicado.
j) Nenhuma regra do Campeonato Estadual foi
alterada. Cumprimos rigorosamente o regulamento aprovado e
constante do site. Quem participou do campeonato sabe disso
mas o autor das críticas não participou. Desejamos
em um momento realizar alterações para tornar
o campeonato mais dinâmico e pedimos sugestões
aos atiradores e clubes e sua aprovação (notícia
publicada no site e realizamos uma reunião no FFC aberta
a todos os atiradores), mas como não vimos unanimidade
não implementamos nenhuma alteração.
k) Como sabem os atiradores que participaram
das provas nunca foi cobrada uma taxa de R$50,00 nas inscrições
de provas. Ao contrário, reduzimos o valor das taxas
a R$20,00 e R$10,00 e realizamos provas com inscrições
gratuitas e sorteio de brindes.
l) Não sumimos com resultados do site
anterior porque simplesmente não existiam, como não
existem até hoje arquivos confiáveis na FTERJ.
Existem alguns resultados em planilhas confusas sem nenhuma
indicação confiável de local e data das
provas e nenhum registro de recordes obtidos e homologados
em competições oficiais e que devam ser considerados.
Lembrando também que muitas regras modificaram-se ao
longo do tempo, não podendo os resultados tornarem-se
um padrão para comparação de novos. Não
nos negamos a divulgar estes recordes com o valor histórico
que possuem desde que comprovados. Nada podemos fazer quanto
à desorganização anterior da FTERJ. Nunca
fizemos a afirmação alegada. Ao contrário,
o que afirmamos é que se algum atirador tiver documentos
comprovando seus recordes nós os consideraríamos
e seriam divulgados, mas não podemos criar arquivos
inexistentes.
m) Não aceitamos ingerência do
departamento de tiro do FFC como afirma o autor, mas a Federação
não tem poder de mando na administração
do Clube e não pudemos impedir a ação
no fato ocorrido, que foi encarado como problema disciplinar
e de ofensa física e moral, dando origem a ações
judiciais excedendo a esfera esportiva. O impedimento foi
uma decisão da diretoria de tiro do clube e referendada
pela sua administração. Lamentamos o fato e
não concordamos com sua exclusão mas o Fluminense
é um clube privado e o ingresso em suas dependências
é prerrogativa do clube. Oferecemos ao atirador considerar
seus resultados obtidos no CNTE, mas realmente ele ficou prejudicado.
n) A atiradora na verdade solicitou desligamento
do Fluminense, o que foi comunicado à FTERJ. Como determina
o nosso Estatuto, para ser federado o atirador deve pertencer
a um clube e caso deixe de ser, deve ser desfiliado. Comunicamos
o fato à atiradora e a orientamos para que se associasse
a outro clube e solicitasse novamente sua federação.
A atiradora se insurgiu contra as normas da FTERJ e não
providenciou sua nova admissão, continuando a participar
das provas da CBTE. Próximo do Campeonato Brasileiro
tentou realizar a nova inscrição mas sem apresentar
os documentos exigidos e ingressou com uma ação
judicial para que a FTERJ não a impedisse de participar,
o que não estava ocorrendo, como comprova suas participações.
A comunicação da irregularidade não foi
somente dela, mas de vários atiradores, como foi divulgado
em nosso site, inclusive um ofício que dirigimos ao
Presidente da CBTE. Cumprimos o nosso dever estatutário
de zelar pelas normas e evitar o que acabou ocorrendo, uma
atiradora disputar o Campeonato em situação
irregular, como continua até hoje. Não houve
nenhuma equipe da Federação. A participação
dos atiradores foi individual. A FTERJ não inscreveu
nenhuma equipe.
o) Tentamos sempre organizar uma diretoria.
Difícil é encontrar quem deseje trabalhar de
graça e ainda ter que receber ofensas pessoais gratuitas
de quem nada faz para ajudar. Continuamos à espera
de voluntários que aceitem os encargos com espírito
de colaboração. Alguns diretores nomeados se
insurgiram contra a seriedade do nosso trabalho e desistiram.
Alíás, por questão de justiça,
é preciso que se diga que este problema também
ocorria com nosso antecessor, que durante anos conduziu sozinho
a Federação. Na verdade somente pude contar
exatamente com meu filho, árbitro internacional categoria
máxima da ISSF e que abraçou a missão
comigo e graças a ele temos podido manter a Federação
funcionando.
p) Nenhum representante sentiu-se intimidado
como alega. Na verdade ocorreu uma ação articulada
pelo autor, visando inviabilizar a nossa ação
administrativa, agindo de forma insidiosa para recusar os
documentos apresentados enquanto fazia críticas pessoais
do padrão que ele demonstra, ofendendo pessoalmente
de maneira fortuita. Ao contrário do que afirma, as
assembléias estatutárias foram realizadas e
sua sordidez é tanta que alega a não aprovação
do orçamento quando isto ocorreu por sua manobra com
o concluio de alguns representantes. Por uma questão
legal, não deveriam ser cobradas as taxas uma vez que
o orçamento não foi aprovado. Para não
prejudicar os atiradores passei a aceitar um pagamento provisório
e a emitir as declarações e por isto, por uma
questão de equidade, emiti também para o próprio,
que criou a situação.
q) Os documentos referentes à bolsa
atleta estão sendo emitidos para os atiradores que
efetivamente atuaram a nível estadual. Não podemos
emitir declarações que não correspondam
à verdade dos fatos.
r) A situação caótica
que o autor alega deve ser a total inexistência de dívidas
da Federação, o número de filiados ter
dobrado em nossa gestão (mais de 440), a Federação
contar pela primeira vez com um quadro de árbitros,
as provas terem sido conduzidas nas datas e horários
previstos e seguindo as normas da ISSF, o nosso novo site
funcionando e a existência de um saldo como nunca houve,
de mais de R$70.000,00 e a importação já
paga, de 250.000 chumbinhos da Alemanha, para repasse aos
atiradores.
s) O Tiro Esportivo já luta com tudo
contra. Não precisamos da disseminação
da discórdia e da hostilidade ao invés de contribuição
de forma positiva. Os atiradores, pessoas de bem, precisam
reagir e defender um trabalho sério e honesto. Mais
que a ação nefasta dos maus, o silêncio
dos bons é o verdadeiro problema.
por: FTERJ