No
dia primeiro de fevereiro deste ano
faleceu em Brasília o Coronel
Carvalho, pessoa querida por todos e
um grande incentivador do Tiro no Ceará.
A notícia nos pegou de surpresa
e veio entristecer a todos que com ele
conviveram. No ano passado participou
animadamente do almoço da “velha
guarda” do tiro cearense, em Fortaleza,
relembrando fatos e casos engraçados
dos componentes da primeira equipe que
competiu no Campeonato Brasileiro de
1965, realizado no Fluminense.
Os
cearenses não possuíam
armamento adequado para toda a equipe,
mas mesmo assim, com muita coragem e
determinação, se aventuraram
e participaram do campeonato com armas
emprestadas pelos atiradores do Fluminense
(Novaes e Silvino)
A
partir daí, ele e o seu amigo
e companheiro de caserna Coronel Ayrton
Façanha, implantaram o Tiro no
Ceará e construíram os
primeiros estandes de tiro de arma curta
e longa no antigo 10º GAT, que
serviram de base para a criação
da Federação Cearense
de Tiro ao Alvo e dos primeiros Torneios
Norte-Nordeste.
Cel
Carvalho era um atirador de arma curta
e foi o segundo Presidente da Federação
Cearense de Tiro ao Alvo (1972-1973),
logo após a gestão do
Cel Façanha. A equipe do então
IV Exército, composta por esses
dois pioneiros, brilhou na inauguração
do estande do Caxangá em 1968
e posteriormente nas “Olimpíadas
do Exército”, em 1970,
em Curitiba, vencedores da prova de
tiro rápido com a pistola .45.
“Carvalhinho”
como era conhecido pelos amigos de equipe,
foi, juntamente com Façanha,
um dos pioneiros do Tiro no Nordeste,
e muito se deve a eles num tempo que
o companheirismo no esporte era muito
efetivo e ainda traz saudades aos atiradores
do passado.
Mais
tarde em Brasília foi o Vice-presidente
da Liga de Defesa Nacional, contribuindo
para a chama do civismo nacional. Com
seu desaparecimento abre-se uma lacuna
e uma lamentável perda para todos
nós que admirávamos esse
grande esportista.