Leia todas as notícias

Julio Almeida conquista bronze com gosto de frustração no tiro esportivo

 

Alexandre Sinato
Em Guadalajara (México)

Uma medalha com gosto de frustração. Assim foi o bronze conquistado por Julio Almeida neste domingo no tiro esportivo. O tenente-coronel e piloto da Força Aérea ficou em terceiro lugar na final da pistola de ar, mas não conseguiu a vaga olímpica para Londres-2012. Comemorou e se decepcionou simultaneamente.

“Estou feliz pela medalha, mas triste por não ter conseguido a vaga olímpica. Eu estava muito tenso na prova, saí bastante decepcionado e chateado da primeira parte. É muito difícil tirar oito pontos na final”, lamentou o brasileiro.

Medalhista de ouro, o norte-americano Daryl Lee Azarenski chegou à final com 583 pontos, enquanto Julio, classificado em quinto, fez 575. Como a pontuação é cumulativa, o brasileiro precisava tirar a diferença se quisesse a medalha de ouro e, consequentemente, a vaga olímpica. Não deu.

Julio assegurou o bronze com 675.7 pontos, diante dos 681.7 pontos de Szarenski. A prata ficou com o trinitino Roger Daniel, com 676.1 pontos.

O brasileiro, contudo, ainda tem chance de ir para Londres. Para isso, ele precisa ganhar a prova de pistola tiro livre que acontece nesta terça-feira. Azarenski novamente é o favorito, mas se ganhar novamente, a vaga olímpica vai para o segundo colocado, já que ele assegurou a sua neste domingo.

“Ele é muito forte no tiro livre, mas já tem a vaga, então espero conseguir a minha na terça-feira. Amanhã faço o treino oficial e vou reconhecer o local da prova. Hoje a pressão pela vaga olímpica foi muito grande, então vou tentar assimilar o que aconteceu para ir melhor na terça-feira”, projetou Julio.

Mais Brasil
Outro brasileiro inscrito na prova, Felipe Wu não conseguiu chegar à final, terminando em 13º lugar com 566 pontos. No feminino, Thais Moura e Rachel Silveira também foram eliminadas. Ambas fizeram 368 pontos e terminaram, respectivamente, em 14º e 16º lugares.

“A emoção bateu forte no começo e não consegui me concentrar. No final me recuperei, mas não deu. Estou bem triste”, lamentou Thais, de 20 anos.

 

 

 

Por: UOL - PAN 2011 – 16/10/2011