Presidente
Lula assina a Medida Provisória do Alto Rendimento
Às
11h30 desta segunda-feira (20/9), o presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva,
assina a Medida Provisória do Alto Rendimento,
que altera a Lei nº 9.615/98, que institui normas
gerais sobre o esporte, e a Lei nº 10.891/04,
que institui o Bolsa Atleta, e cria os programas Atleta
Pódio e Cidade Esportiva.
Outras ações também serão
anunciadas durante a cerimônia, para apoiar
a preparação dos atletas brasileiros
para a disputa dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos
Rio 2016. Entre elas, a reestruturação
da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento
para atuar por modalidades. O plano prevê melhorias
na gestão, metas, ciência e tecnologia
e profissionalização do desporto.
Lei
Agnelo/Piva
Serão promovidas mudanças no repasse
de recursos da Lei Agnelo/Piva para as confederações
esportivas. O Comitê Olímpico Brasileiro
(COB) e o Comitê Paraolímpico Brasileiro
(CPB) receberão os recursos da Lei mediante
a assinatura de um contrato gerencial com metas a
serem cumpridas pelas confederações.
Além das metas, o contrato definirá
as prioridades de investimentos dos recursos públicos,
com o objetivo de desenvolver planos de trabalho para
cada modalidade olímpica. A ideia é
que o governo federal participe da aplicação
destes recursos no esporte olímpico e paraolímpico.
Implementada em 2002, a Lei Agnelo-Piva destina 2%
da arrecadação das loterias federais
para o esporte. Oitenta e cinco por cento são
repassados ao COB e 15% ao CPB. Os comitês repassam
as verbas para as confederações, que
são as entidades responsáveis pelas
modalidades esportivas.
Bolsa
Atleta
A MP assinada hoje institui também mudanças
no Bolsa Atleta, além de criar duas novas categorias
do benefício: a Atleta de Base e a Atleta Pódio.
O objetivo é qualificar o programa e desenvolver
melhor os atletas com reais chances de medalhas. O
foco do programa passa a ser a formação
do país para ser uma potência esportiva.
A categoria Atleta Pódio vai contemplar esportistas
de modalidades individuais previstas no programa dos
Jogos Olímpicos e Paraolímpicos com
reais chances de medalhas e que estejam nas primeiras
20 posições do ranking mundial. Os valores
serão definidos de acordo com cada caso e pode
chegar a até R$ 15 mil. Os casos serão
analisados pelo governo federal, confederações
e eventualmente por patrocinadores. Os benefícios
serão válidos por quatro anos, durante
o ciclo olímpico, ou enquanto o atleta permanecer
bem posicionado no ranking. Com isso, evita-se que
ele sofra interrupções no treinamento
e na participação em competições
por conta de um patrocínio que se encerrou
ou por falta de recursos do clube ou da confederação.
Já a bolsa Atleta de Base vai suprir as necessidades
da categoria Estudantil, que não contempla
esportistas de destaques em categorias iniciantes
de todas as modalidades olímpicas. Há
casos de modalidades, como tiro esportivo, por exemplo,
que o atleta de base já passou da idade de
receber a bolsa Estudantil. O valor mensal do benefício
será de R$ 370,00.
Outra modificação no Bolsa Atleta é
que, a partir de 2011, será feita a exigência
de exames antidoping no atleta beneficiário
do Ministério do Esporte.
Cidade
Esportiva
O programa Cidade Esportiva, criado pela MP assinada
hoje, foi estruturado pelo Ministério do Esporte
com o objetivo de propiciar espaço para formação
de atletas nos municípios brasileiros. O foco
será em modalidades que compõem os Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos, com o propósito
de ampliar a participação brasileira
na disputa de finais e, com isso, melhorar a posição
do país no quadro de medalhas dos dois eventos.
O Programa terá forte conexão com projetos
de esporte social e educacional, como o Segundo Tempo,
do Ministério do Esporte, de onde poderão
surgir talentos que venham a se desenvolver posteriormente
no Cidade Esportiva.
O projeto Cidade Esportiva significa a aplicação,
em âmbito local, da política nacional
de esporte de rendimento, ou seja, um sistema interligando
estados, municípios, entidades esportivas,
clubes sociais e associações, Sistema
S, iniciativa privada e outros interessados em ampliar
a base da alta performance. Esse será o Sistema
Nacional de Esporte de Alto Rendimento. Com o desenrolar
do trabalho, o Cidade Esportiva deve tornar-se referência
de qualificação nas mais variadas áreas
e dimensões ligadas à modalidade adotada.
Mais informações
Assessoria de Imprensa
Ministério do Esporte (61) 3217-1875
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